Não sei ensinar você ter Sucesso, mas sei ensina-lo a buscar resultados.
Aprenda com os erros mais comuns e
descubra se você ou sua companhia lidam corretamente com boas ideias
A inovação deve ser um requisito óbvio
dos negócios, mas muitas companhias erram ao apostar numa cultura onde a chance
de uma boa ideia, repleta de oportunidades, ser implantada é quase nula, mais
difícil do que ganhar na loteria. O que leva a isso?
Para principiantes, o processo criativo
pode ser frágil e requer suporte e cuidado. Isto pode ser pensado em termos de
um mercado competitivo e em constante mudança de tecnologias, o que também faz
da inovação algo essencial.
Confira a lista de "assassinos" da inovação, e veja se você ou sua
empresa estão fazendo uso deles:
1 – Esperar que a inovação caia do céu
Crer que a inovação vai surgir por si
só, do nada, é o mesmo que acreditar que uma plantação de vegetais irá,
simplesmente, surgir no seu quintal um dia. Inovação requer investimento de
tempo e dinheiro, e isto pede um processo para suportar a iniciativa, defende
Thomas Koulopoulos, fundador da consultoria de inovação Delphi Group. Como uma
plantação, que é frágil e pede tempo para se desenvolver, o processo de
inovação pede um lugar para as sementes (ou ideias) amadurecerem. Isto ainda
requer bom tempo, proteção contra os predadores e muitos cuidados.
A atenção à inovação é uma necessidade no mundo de hoje, diz Koulopoulos. Até
mesmo nas indústrias onde os limites não são bem definidos – como na manufatura
e na terceirização – a inovação é fundamental.
"Aí está a ironia", ele diz. "Preocupo-me em não correr grandes
riscos, mas, ao mesmo tempo, isso significa que, em algum lugar do globo, eu
posso estar sendo ultrapassado".
2 – Guardar as ideias "para um
dia"
Ótimas ideias são as sementes para a
inovação e não a inovação em si mesma. "Todos têm uma ideia para um livro
em mente. Mas existe um hiato enorme entre o que está na cabeça e o processo de
trabalho para escrevê-lo".
Invenções ou inovações são erroneamente consideradas sinônimos de ideias. Você
precisa entender a diferença e saber como usá-las. Koulopoulos ressalta que as
companhias inovadoras devem ter uma visão holística e criar uma cultura para
implementar ideias. Um processo para suportar inovações deve ser criado,
implementado e comunicado. Assim, todos saberão como ele funciona e estarão
prontos a participar.
3 – Deixar a inovação só a cargo da TI
A tecnologia deve suportar a inovação, não liderá-la. Isto porque a inovação é,
primeiramente, uma obrigação da cultura corporativa, que pede coisas como
retorno, inspiração e motivação. Em qualquer situação, você tem duas atividades
– a invenção e a inovação ou o processo atual. Koulopoulos desenha uma linha
entre as duas situações e afirma que TI entra numa segunda etapa: ela deve
estar envolvida na implementação de ferramentas que melhor suportem o processo
de inovação.
4 – Criar obstáculos ao surgimento de
ideias
Uma maneira certa de matar o espírito inovador? Basta inspirar-se no livro
"O Processo", de Kafka ou numa típica repartição pública. Burocracia
e processos bizantinos desencorajam, tiram o entusiasmo. Quando as ideias dos
funcionários são tratadas com desrespeito ou o processo é confuso e difícil, o
entusiasmo vai morrendo. Isto é exatamente o que Koulopoulos descobriu quando
entrevistou 374 executivos seniores de TI, dos quais 22% disseram ter perdido o
interesse em implantar ideias por conta de processos internos
burocráticos.
5 – Olhar o diferente e o novo como
ruim
"É o maior erro das grandes empresas", diz. "Quando você está
ganhando, a última coisa que quer é que aconteçam mudanças". Mas, não
estar aberto às mudanças é um grande erro. É como recusar anunciar na internet
e preferir anunciar no jornal impresso. Você deve responder às mudanças e às
necessidades de inovação. Certamente, a resistência interna é difícil de
superar, mas poucas companhias têm condições de viver do passado. O mundo de
hoje pede companhias que se transformam, contratando gente jovem e focando em
novidades por uma simples razão. Se você não fizer, alguém vai fazer.
6 – Não liguem se a ideia não for
econômica e legalmente viável
Ideias são frágeis, facilmente quebráveis. Então, dê o devido cuidado para as
ideias no que diz respeito à sua legalidade e contabilidade. A ideia faz
sentido econômica e legalmente? Aqueles que têm maior intimidade com o processo
de adoção de ideias são os mesmos que, mais facilmente, terão as suas próprias
sugestões colocadas em prática. Este incentivo a participar deve vir do alto
escalão da empresa, recomenda Koulopoulos.
7 – Tenham muito, mas muito medo de fracassar.
Na pesquisa com Cios, 25% dos entrevistados
revelaram ser o medo de falhar uma das razões para que uma cultura de inovação
não fosse criada na empresa. Como não se podem antever com 100% de certeza no
que dará a implantação de uma nova ideia, os riscos existem e assustam. Mas a
verdade é que, sim, você falhará algumas vezes. Como uma criança que aprende a
andar de bicicleta, você simplesmente não conseguirá se mover se não ousar
cair. A pergunta é: você está numa organização que irá tolerar as falhas em
nome da inovação? E você mesmo? É ousado o suficiente?
Texto
de: Diann Daniel
Publicada em
20 de agosto de 2012 às 07h00
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